Neste domingo, dia 31 de maio, aconteceu no ginásio da escola Santa Terezinha o 3º Pentecostes da juventude da Diocese de Imperatriz.
Superando as espectativas, a terceira edição do evento se mostrou mais consistente e bem preparada, acolhendo um número maior de jovens do que nos dois anos anteriores. Com destaque para a animação dos jovens que marcaram presença o dia todo.
As temáticas foram bem aproveitadas e certamente quem foi vai querer ir novamente no próximo ano.
Além de aproximar os movimentos e pastorais juvens da igreja católica, a celebração de pentecostes serviu como uma vitrine para os crismandos que ainda não decidiram como vão continuar a caminhada cristã.
Com bastante animação, reflexão e oração ficou comprovado que eventos como este devem se repetir mais vezes em nossa diocese.
O setor da juventude fez um ótimo trabalho e ficou claro que movimentos da juventude mesmo diferenciados podem vir a trabalhar juntos em determinadas situações.
"Pentecostes é o símbolo do Cenáculo, onde os Apóstolos se reuniram, pela primeira vez, à espera do Espírito Santo, inspirador de todos os trabalhos na Igreja. No Cenáculo, desde a fundação, a comunidade cristã aí se reúne, para ser conduzida pelo Sopro Inspirador, compartilhando o amor em Cristo. Atualmente o 50.º dia após a Páscoa é considerado pelos cristãos o dia de Pentecostes."
Para comemorar este dia de festa e celebrar a efusão do Espírito Santo, a Diocese de Imperatriz realizará no dia 31 de maio, uma programação especial que envolverá toda a juventude de Imperatriz, no qual estarão juntos os membros da Renovação Carismática, da Pastoral da Juventude e os jovens do Crisma que neste ano firmarão mais um passo na caminhada da vida cristã.
Aqui está disponível toda a programação do dia de Pentecostes em Imperatriz:
08:00 ás 08:30 = Acolhida
08:30 ás 08:35 = Abertura Oficial
08:35 ás 08:40 = Apresentação Teatro
08:40s 09:10 = Animação Casf
09:10 ás 10:00 = Tema : “O Espírito Santo nos guia para a Missão”
10:00 ás 10:20 = Intervalo
10:20 ás 10:30 = Apresentação Teatro RCC
10:30 ás 11:00 =Animação Casf
11:00 ás 11:50 = Tema : “Crisma – O sim do Jovem a Igreja”
14:00 ás 14:30 = Animação Flor de Mandacaru
14:30 ás 15:20 = Dom Gilberto
15:20 ás 15:40 = Intervalo
15:40 ás 15:50 = Apresentação Teatro PJ
15:50 ás 16:20 = Animação Flor de Mandacaru
16:20 ás 16:40 = Setor da Juventude
Os palestrantes serão:
Palestras dos Temas
1º Tema : O Espírito Santo no guia para a missão.
Palestrante = Márcia Sepúlvida – Fundadora da Comunidade Católica Sim de Maria
2º Tema : Crisma – o sim do Jovem a Igreja
Palestrante = Geovane – Paróquia Cristo Salvador
3º Tema : Em aberto
Palestrante = Dom Gilberto Pastana
A presença de todos será muito importante o dia todo. Os sinais externos, descritos no livro dos Atos dos Apóstolos, são uma confirmação da descida do Espírito: ruídos vindos do céu, vento forte e chamas de fogo. Para os cristãos, o Pentecostes marca o nascimento da Igreja e sua vocação para a missão universal.
"Quando chegou o dia de pentecostes, eles se achavam reunidos todos juntos. De repente, veio do céu um ruído como o de um violento vendaval que encheu toda a casa onde eles estavam; então lhes apareceu algo como línguas de fogo, que se repartiram, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e se puseram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia exprimirem-se.
Ora, em Jerusalém, residiam judeus piedosos, vindos de todas as nações que existem sob o céu. Ao rumor que se propagava, a multidão se reuniu e ficou toda confusa, pois cada um os ouvia falar em sua própria língua. Perplexos e maravilhados, eles diziam: 'Todos estes que falam não são galileus? Como é que cada um de nós os ouve em sua língua materna? (...) nós os ouvimos anunciar em nossas línguas as maravilhas de Deus!' Eles estavam todos atônitos, e, em sua perplexidade, diziam uns ao outros: 'Que quer dizer isto?' Outros, porém, desandavam a rir dizendo: 'Eles estão cheios de vinho doce!' "
Sejam bem vindos e fiquem a vontade para ler, refletir e comentar!
Aqui você encontrará notícias em geral sobre a Pastoral da Juventude, dinâmicas e sugestões de temas para reuniões dos grupos de base, avisos e comentários sobre os eventos católicos, entre outras coisas.
Cada ano, em novembro, crescem em todo o Brasil as comemorações ligadas ao Dia da união e consciência negra. Desde alguns anos, a data do martírio do Zumbi dos Palmares se integra no calendário nacional. Até alguns anos, poucos livros de história do Brasil contavam que, em 1695, senhores de engenho, bandeirantes vindos de São Paulo e militares de Pernambuco invadiram o Quilombo dos Palmares, no alto da Serra da Barriga, hoje Alagoas, onde viviam pacificamente mais de 30 mil pessoas, negras, índias e brancas, em uma sociedade livre e mais igualitária. Os invasores, com respaldo da sociedade e da Igreja, mataram milhares de homens, mulheres e crianças. O líder Zumbi dos Palmares, traído por um companheiro, preferiu entregar-se aos inimigos para evitar um massacre maior. No dia 20 de novembro de 1965, foi fuzilado e teve seu corpo esquartejado em uma praça do Recife. Até hoje, na comunidade de Muquém (AL), sobrevivem do artesanato de argila descendentes de alguns sobreviventes do massacre.
Mais de 300 anos depois, as comunidades negras e os quilombos são exemplos de resistência cultural e social do povo negro em meio ao conjunto da sociedade brasileira, ainda injusta e discriminadora. Conforme o censo mais recente, 44% da população brasileira é afro-descendente, mas só 5% das pessoas se declaram negras. Estes dados se tornam mais ainda espantosos quando sabemos que, da população brasileira mais empobrecida, 64% são pessoas negras.
Não basta a lei
A lei proíbe o racismo, mas mantém estruturas sociais e econômicas que o alimentam. Pode evitar que um viole o direito do outro, mas não tem como levar brancos e negros a se amarem e menos ainda como ajudar cada pessoa a se sentir bem em sua pele e em sua identidade cultural.
A violência nas cidades da França é conseqüência terrível e nefasta da forma desumana com a qual a sociedade francesa, tão racista quanto a norte-americana, trata os migrantes, principalmente negros, vindos de países que a França, a Inglaterra e a Bélgica saquearam durante séculos para construir a riqueza que, hoje, ostentam. Como superar esta espiral da violência?
No Brasil, os dados oficiais mostram que as desigualdades sociais são mais profundas à medida que as pessoas pobres não só são empobrecidas, mas são negras. O Brasil branco é 2,5 vezes mais rico que o Brasil negro. Nos últimos anos, as diferenças entre negros e brancos vêm se mantendo. Na educação, um branco de 25 anos tem, em média, mais do que o dobro de anos de estudo do que um negro da mesma idade.
Os governos têm procurado solucionar esta desigualdade através de medidas que continuam compensatórias e provisórias, já que a solução mais profunda exige um processo de reestruturação da sociedade, que é lento e muito exigente. Entretanto, para quem vive a dor da exclusão social, é melhor contar com essas medidas do que viver no desamparo como, durante a história, tem sido, muitas vezes, o destino dos mais pobres.
Sistema meritocrático
O chamado sistema de cotas, adotado por algumas poucas instituições públicas, continua provocando polêmica. Para concursos públicos e universidades, existem cotas para mulheres, deficientes físicos e, mais recentemente, para afro-descendentes e indígenas. As cotas dadas a afro-descendentes e índios circunscrevem-se apenas ao modo de entrar na universidade. Muitos se opõem ao sistema de cotas, argumentando com o critério do mérito para os que obtêm melhores resultados no vestibular, independente de quaisquer outros critérios.
Alguém já denominou de meritocracia o governo dos mais capazes. De acordo com este critério, entra na universidade quem, nas provas do vestibular, consegue provar ser melhor que os outros. Todos que acompanham as lutas dos jovens para ser aprovados em vestibular sabem que a aprovação depende de fatores que não são apenas intelectuais. Na maioria dos casos, rapazes e moças que obtêm aprovação nos melhores cursos são os que vêm de escolas privadas de elite e dos cursinhos aos quais nenhum pobre pode pagar. Portanto, o tal mérito gruda na pele e na alma de cada estudante aprovado/a o carimbo de sua classe social, a cor da sua pele e o preço que pode pagar.
Em uma sociedade na qual a competição entre as pessoas é norma vigente, é compreensível que se ache justo o sistema meritocrático. No mundo antigo, Aristóteles já dizia que tratar de modo igual a pessoas que são desiguais seria a mais profunda injustiça. Fazer de conta que a desigualdade não existe e tratar uma pessoa vítima da exclusão social com o mesmo tratamento e condições que tem o privilegiado só reforça a desigualdade.
É claro que somente o sistema de cotas não resolverá a desigualdade social ou racial. Mas, se além das cotas, a universidade garante um acompanhamento especial e o sistema de cotas é integrado a critérios de justiça para evitar abusos, pode ser importante instrumento de integração social. Não se trata de formar maus profissionais ou doutores medíocres apenas para se ter índios ou negros diplomados. Abrir a universidade e outros espaços da vida social a todos os brasileiros exige não só garantir uma vaga na instituição, mas dar um acompanhamento direto e investir nesta integração.
Um exemplo
A PUC de São Paulo, desde alguns anos, estabeleceu um convênio com comunidades indígenas e recebe, anualmente, vinte alunos e alunas índios/as para os mais diversos cursos oferecidos pela Universidade. Eles entram na universidade sem vestibular e com acompanhamento especial, direto e contínuo. Este conhecimento universitário e acadêmico, posto a serviço das comunidades indígenas que são as mais empobrecidas do país, tem representado uma ajuda imensa à caminhada indígena e enobrece a todos os brasileiros.
No centro de São Paulo, funciona atualmente a Faculdade Zumbi dos Palmares, com cursos de administração oferecidos, especialmente, a pessoas afro-descendentes. De acordo com dados oficiais, entre os 3,5 milhões de universitários/as brasileiros/as, os negros já constituem quase um milhão. Segundo o IBGE, no ensino fundamental são 45%. É uma realidade diferente e bem melhor do que há poucos anos, quando a proporção era escandalosamente maior.
Daqui a pouco, não acontecerá mais o que me contava um amigo pastor. Ao visitar uma grande empresa nacional, foi convidado ao escritório do diretor-presidente. Quando entrou naquela sala luxuosa e viu do outro lado da mesa não um senhor louro de paletó e gravata, mas uma moça negra e jovem, levou um choque. A sociedade inteira precisa deste choque de amor e justiça. Dom Pedro Casaldáliga diz: “a solidariedade é o novo nome da sociedade humana: a ternura dos povos”.